Na manhã de ontem (6), o V Seminário para o Controle Social dos Royalties teve início com uma cerimônia que foi marcada pela presença de figuras centrais na luta contra o impacto do derramamento de petróleo no Nordeste. O evento, que traz como tema principal os cinco anos da tragédia ambiental, está sendo promovido pelo Observatório Social dos Royalties e conta com uma programação de formação crítica e cultural.
O seminário - que ocorre até quinta (8), se iniciou com o acolhimento dos participantes, com presença marcante das comunidades de pescadores, marisqueiras, artesãs, indígenas e catadoras de mangaba de diversos municípios sergipanos. O auditório principal foi transformado em um espaço de reverberação da luta das comunidades costeiras.
Verlane Aragão, coordenadora do Observatório Social dos Royalties, iniciou a programação apresentando o tema e ressaltando a importância da imersão promovida pelo evento. Também compuseram a mesa de abertura a coordenadora adjunta do PEAC, Sandra Oliveira e a representante da Petrobras, Graziella Feitosa.
No início da tarde, houve a apresentação teatral intitulada “A Óleo Cru”, realizada pelo Coletivo Cidade. A esquete trouxe à tona as vozes e as histórias das marisqueiras e pescadores, evidenciando como o derramamento de petróleo impactou suas vidas e os ecossistemas que sustentam suas atividades.
O momento de maior duração nesse primeiro dia de seminário, foi a "Roda Viva", dinâmica de diálogo entre as comunidades tradicionais e o representante da Petrobras. Este espaço foi importante para que as lideranças comunitárias expressassem questionamentos acerca do papel da Petrobras frente aos impactos ambientais, as compensações e as consequências e riscos da exploração de petróleo para comunidades tradicionais.
Durante a noite, os indígenas da Aldeia Fulkaxó apresentaram alguns de seus cânticos e, com muita dança, convidaram todos que estavam no auditório a fazerem parte desse momento. Assim que finalizaram a apresentação, o grupo de forró Canto de Acauã subiu ao palco para finalizar a noite do primeiro dia de seminário.